A Batalha do Apocalipse - resenha do livro

Em um livro tão bem construído como esse, é impossível que o leitor desgrude seus olhos da página!

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Creio eu que todo mundo já teve o leve devaneio de se fazer aquela clássica pergunta: Quem (ou o quê) nos criou? Como tudo isso se originou? Bom, é justamente partindo desta pergunta que o carioca Eduardo Spohr irá nos responder de maneira fictícia como "tudo isso" irá acabar. Sim, você leu certo: acabar!

Em A Batalha do Apocalipse, Eduardo desenvolve uma nova filosofia muito interessante para nos contar uma velha história que todos nós conhecemos. Nela, Ablon, um anjo renegado que foi expulso do paraíso por não concordar com a tirania dos arcanjos - principalmente as de Miguel -, é condenado a vagar pela face da terra para sempre.

No início do livro, ao narrar o capítulo de Gênesis da Bíblia sobre a criação do universo o autor nos conta uma versão diferente da que estamos acostumados. Ele diz que, na verdade, não foram sete dias de uma obra incansável, e sim, sete longas eras, e cada uma correspondente a um dia do conto, no qual hoje, estaríamos então vivendo o sétimo dia, mais conhecido como o descanso de Deus, e quando o fim dessa era terminar, pondo fim também ao Descanso Divino, O Criador se levantará de seus aposentos e assim se iniciará um grande conflito: mais conhecido como o apocalipse.

Com o passar dos anos, depois de ver grandes feitos da humanidade e de se acostumar com sua vida terrena, Ablon começa a perceber alguns indícios proféticos e eventos misteriosos que deixam evidente ao querubim e a outros anjos da Terra e do Céu que o fim realmente está se aproximando. E é dessa maneira mais incrível e original que este anjo exilado, juntamente com Shamira, uma bruxa que ele conheceu nas épocas babilônicas e que agora se encontram novamente, vão partir em uma longa jornada, afim de vencer algo que até então, era conhecido como invencível: o destino.

Uma das coisas que mais me surpreendo nessa obra é o olhar cinematográfico e detalhado que o autor nos proporciona. Nunca vi alguém descrever tão bem um local num tempo tão remoto, de que não se tem nenhum registro na história, muito menos fotos para se inspirar de maneira tão imersiva e cativante.
A trama segue uma espécie de base de roteiro que é espetacular, lhe fazendo transportar para cá, e para lá, através dos séculos, para depois situar você em algo muito mais amplo e imprescindível. Mas isso só acontecerá quando todas as cartas estiverem na mesa! O desfecho é algo único, desafiador e imprevisível, mas que deixa ao leitor um gostinho de quero mais.

Apesar de ser um livro único, o universo de 'A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo' se estende em uma trilogia que antecede a história de Ablon, com outros anjos como protagonistas principais e um novo tema como narrativa. - no qual já comecei a ler, e terá resenha em breve, também! -

Com anjos caídos, eras remotas, jornadas desafiadoras e o Rio de Janeiro como um dos cenários principais, não resta outra recomendação, a não ser que você leia imediatamente esse best-seller, conhecendo e apoiando o autor brasileiro.