Nasce Uma Estrela - Crítica
O primeiro filme dirigido pelo ator Bradley Cooper, e estrelado (também pela primeira vez) pela diva Pop Lady Gaga, ganhou um tremendo destaque em sua estréia ao redor do mundo, e também fomentou diversas apostas ao Oscar.
E foi dito e feito. Os prêmios vieram!
A música 'Shallow' ganhou o Globo de Ouro de Melhor Canção Original. Lady Gaga foi reconhecida pela sua performance do filme no Critic's Choice Awards (além da canção ter ganho na mesma categoria do Golden Globes). E também a tão desejada estatueta da Academia do Oscar de "Melhor Música Original" veio para as mãos dos compositores! Fora as outras premiações menores.
Mas afinal, tanto prêmio assim, é sinal de um bom filme?
A resposta é: Depende!
Se você estiver procurando um musical com canções selecionadas, muito bem trabalhadas, emocionantes além de belíssimas, é claro que Nasce Uma Estrela cumpre bem este papel.
É só olhar a lista de outros prêmios que a produção ganhou. A GRANDE parte deles são relacionas a parte musical.
Mas agora... A direção, a edição, e o roteiro, desapontam bastante.
O filme todo é desesperadamente frenético e com saltos enormes entre cenas muito próximas.
Na minha opinião Bradley, pode ter gravado muitas cenas para filme. Assim, na hora de juntar tudo para a edição, o longa fica muito extenso e cansativo de se assistir. Oque foi feito então: picotaram todas as cenas para que o filme ficasse apresentável aos padrões do cinema.
Tanto que agora, depois do sucesso das premiações, Nasce Uma Estrela ganhará uma nova versão estendida. Ou seja: isso só comprova a quantidade de conteúdo que foi deixada para trás, e que agora será incluída na "versão maior".
Mas este não é nem o pior. O ponto mais negativo nisso tudo é que: Mesmo com o filme extremamente corrido, ele ainda é cansativo de se ver.
Ao assistir a produção pela primeira vez me senti com a sensação de que muita coisa estava acontecendo, mas ao mesmo tempo NADA estava acontecendo.
O roteiro não apresenta, durante o filme todo, nenhum conflito significativamente grande para surpreender o público, para causar uma curiosidade ou estimulo.
Quando as poucas e pequenas intrigas começam a ser desenvolvidas, elas não tem a abordagem devida que mereciam, e rapidamente são resolvidas com beijos, declarações de amor e logo são esquecidos pelos personagens e pelo público.
Não assim que se dirige um romance. Muito menos um drama.
Para mim Cooper pode ter sacrificado a qualidade de seu primogênito no momento em que decidiu ocupar duas funções primordiais de um filme: A direção, e o protagonismo.
Não tem como uma pessoa estar atrás das cortinas e na frente dela ao mesmo tempo sem deixar marcas na obra.
Quer dizer, até tem. Mas o artista precisa de uma longa bagagem nas duas funções do cinema. E isso não aconteceu com Nasce Uma Estrela.
Nota do filme: *** (três estrelas)
Peter Pan e Wendy
Vinicius Szabo
03 de maio de 2023
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