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Divertida Mente - análise - Como a Pixar Manda Bem no Assunto Roteiro!


Filme emocionante que trata de emoções!


 
Foi a primeira vez que assisti a essa animação da Disney, e depois que o filme acabou, precisei de um tempinho para processar a genialidade da estória.

Com uma ideia maluca e exacerbada, Pete Docter e Ronaldo Del Carmen conseguiram algo excepcionalmente genial.

Tudo isso através de uma simples pergunta: Oque passa na cabeça dela?


A originalidade do roteiro é de longe o ponto mais forte da Pixar, que se mantém firme entre o estúdio de animação mais prestigiado de todos, e na qualidade, que não decepciona o espectador nunca!

E Divertida Mente, em especial, é uma produção do estúdio que conseguiu feitos inéditos ao misturar psicologia em um roteiro de animação para crianças. (E para os adultos também).

Para mim é incrível como o filme nos prova que a tristeza é essencial para nos tornar feliz.


Pode parecer loucura se falado assim, da boca para fora. Porém é uma filosofia totalmente real, e nada fantasiosa.

Ao acompanharmos a crise emocional de
Riley na pré-adolescência, torna-se mais do que nítido e tocante o jeito como Tristeza e Felicidade (duas emoções tão contrastantes) agem em reciprocidade para restaurar suas emoções, que agora não são totalmente felizes, tristes ou zangadas, (como eram na infância), e sim combinações de várias delas, todas misturadas!


Não vou dar spoiler, mas quem não se emocionou na cena que marca o encerramento definitivo de sua infância? (Aquela cena, lá, de despedida...). É de cortar o coração, não é?

O apreço de Alegria pela menina, e como a personagem sente saudades de seus tempos felizes vividos com ela, (mostrados na cena de quando a mesma, - Alegria - está no poço do esquecimento), me fez sentir um amor quase materno vindo da emoção, nos mostrando o amor que Alegria sente por ela, e de como não é fácil que esse processo de "mudança" em suas "crianças" seja compreendido por ela.


A animação porém, se mostra incrível e emocionante quando no ponto mais alto do filme, mostra ao público que esse processo de depressão e tristeza exacerbada faz parte de qualquer amadurecimento que se preze, dando um belíssimo ar de esperança na proposta do roteiro, nos fazendo acreditar, (e tendo certeza), que muitos momentos felizes ainda estão por vir durante a vida toda! Mesmo que tenhamos que passar por alguns deles tristes, antes!

O estudo de cor por trás de Divertida Mente também é extraordinário! Onde tiveram o cuidado de relacionar as cores, a personalidade de cada sentimento.

Com Alegria, representada pela cor amarela, que transmite descontração, prosperidade e felicidade.


Raiva, simbolizado pela cor vermelha, da fúria, poder, à guerra e violência.


Tristeza é de cor azul, que promeve a frieza, monotonia e depressão.


Nojinho na cor verde, tom que transmite estranheza, desconforto e isolamento.


Já o Medo na psicologia das cores significa a intuição, o mistério e a individualidade.


E Bing-Bong em tom rosa, que é a personificação do lúdico, da pureza e da inocência.


É um filme muito bem pensado, não é? Uma obra que realmente trabalha à troco da história contada.

Não é atoa que recebeu a indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original, e levou a estatueta de Melhor Animação em 2016.


E aí? Já assistiu Divertida Mente? Gostou da análise? Percebeu algo que deixei faltar? Compartilhe com a gente aqui nos comentários! Deixe suas impressões! Você é bem-vindo!

Peter Pan e Wendy 3 5 1

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