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Peter Pan & Wendy - Crítica do Filme

crítica do filme Peter Pan e Wendy no Disney Plus


Depois de muitos rumores e especulações sobre qual seria o tipo de estreia que envolveria o filme ‘Peter Pan & Wendy’, a Walt Disney Studios parece ter evitado as salas de cinema e promovido o longa do diretor David Lowery apenas no Disney+, a plataforma de streaming da produtora.


A fantasia reconta o romance clássico do escritor escocês J.M. Barrie e a animação de 1953 da Disney. Nesta versão, Wendy Darling, uma jovem que é apaixonada pelas histórias do “menino que nunca cresce”, juntamente com seus irmãos John e Michael, é levada para a Terra do Nunca por Pan e Tinker Bell, depois de um encontro inusitado com as crianças enquanto Peter procurava por sua sombra na casa da família Darling.


Apesar de ser uma história superconhecida pelo grande público e com diversos recursos audiovisuais, imagéticos e criativos que poderiam ficar deslumbrantes na tela, Lowery e Toby Halbrooks deixam essa brilhante oportunidade escorrer por suas mãos e entregam um roteiro fraco, sem propósito e com uma história nada comovente. Ao optarem por esta nova adaptação, em que o personagem principal já é conhecido por Wendy e seus irmãos pelas histórias de ninar, toda surpresa e aventura de uma nova descoberta que tanto o livro quanto a animação carregam são totalmente perdidas aqui.


Ao pesquisar sobre a equipe de direção de arte do filme, descobri porque a Terra do Nunca não tem nada de mágico ou fantástico como deveria ser. Isso acontece porque essa equipe quase não existe. No site do IMDb, são pouquíssimos artistas com relevância que podemos encontrar que trabalharam nesta produção; o restante são estreantes ou não possuem cadastro na plataforma de créditos. O resultado disso? Na tela, o que era para ser a Ilha da Fantasia, um lugar de criaturas mágicas e paisagens deslumbrantes, não passa de uma ilha comum, exatamente verde e habitada apenas pelos meninos perdidos e uma pequena tribo de índios.


O quesito atuação passa longe de ser um diferencial. Nenhum personagem é cativante a ponto de segurar as 1 hora e 46 minutos do filme. Jude Law, que é o ator mais experiente do elenco e único, não convence como Capitão Gancho, nem como vilão. O resto da equipe principal está ou em sua estreia ou é a primeira grande participação que realiza.


Sinceramente, eu não sei onde a Disney estava com a cabeça ao entregar um personagem tão icônico e amado como Peter Pan nas mãos de um diretor que também não tem grande destaque em nenhum de seus filmes, com a grande tarefa de traduzir um clássico da animação e da literatura em um live-action.


Romance? O filme tenta, mas parece desistir no meio do caminho. Drama? Não existe, pois não há tamanho desenvolvimento das personagens para isso. Se este filme fosse vivo, eu diria que quando iniciado, ele tem pressa de se acabar.


Se uma boa versão de Peter Pan é oque você procura, eu recomendo que veja a versão de 2003 do diretor P.J Hogan que está na Netflix, uma adaptação mágica, atemporal, emocionante, que inspira, transforma e enche os olhos do espectador! Tudo oque essa versão de 20 anos depois é órfã.



Nota do Crítico: 



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Peter Pan e Wendy 3 5 1

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